Advogada da causa indígena relata estupro de Tupinambá

Momentos de terror e violência, diz vítima
Reprodução/Vermelhinho

"Ele colocou uma arma em minhas costas, a mão no meu pescoço e  tentou me estrangular três vezes. Não é uma pessoa qualquer, é um guerreiro, um homem de retomada muito forte". O relato é de uma advogada paulista, defensora da causa indígena, que denuncia ter sido estrupada por um índio Tupinambá, em Olivença, no dia primeiro de janeiro. Em um vídeo gravado pelo blog Vermelhinho, a advogada - que vem tendo o nome preservado pela polícia - alega que o crime, cometido por "um filho de uma cacique", está sendo apurado pelas autoridades e o acusado, continua foragido.  "Ele é uma verginha indígena", desabafa.

A advogada contou que no primeiro dia do ano foi à casa da vice-diretora da escola indígena da comunidade e terminou ficando para uma festa de aniversário. Por volta das cinco da tarde resolveu retornar para casa, quando foi surpreendida pelo acusado. "Conversei com um tio dele sobre a causa indígena e depois atravessei a rua. Tenho certeza de que ele estava me esperando na praia", afirma. A advogada afirma que o índio tem envolvimento com drogas e pediu dinheiro a ela. "Todo mundo pensou que ele havia se reconcliado com a mãe". Não havia mais ninguém na rua.

Segundo o relato, ao tentar resolver o problema, indo buscar dinheiro em casa, ela terminou atacada e estuprada pelo índio. "Uma vizinha então perguntou o que estava acontecendo. Mas fiquei com medo de ele usar da violência com ela e uma filha pequena". A advogada diz ter trabalhado como policial durante 16 anos e isso teria contribuído para manter a situação sob controle e evitar o pior. No vídeo gravado pelo blog, ela revela que apesar de toda a violência sofrida, é apaixonada pela Bahia. "Quero morar aqui".